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O Grafite Feminino


Quem acredita que só quem manda bem no grafite são os homens está muito enganado. Grafites feitos por mulheres são mais comuns do que você pensa. E tem muita mulher grafitando os principais muros de São Paulo.


Você já ouviu falar da grafiteira Karina Oliveira de Toledo? Nós fizemos uma breve entrevista com ela para entendermos como é esse mundo da arte na visão feminina.


Foto do acervo de Karina


“Eu gosto muito de pintar na rua, é como uma terapia, você esquece tudo e só existe você e o muro. Mas é muito diferente de pintar uma tela em casa, passam muitas pessoas, você conhece gente... É uma experiência diferente toda vez, um lugar diferente, enfim... Acho que só pintando pra entender como é.”


A Karina tem 25 anos e mora em São Paulo, capital. É artista plástica, grafiteira, tradutora de portfólio de artistas e dá aulas de inglês como hobby. Seu primeiro contato com o mundo do grafite foi por volta de 12, 13 anos quando alguns de seus amigos pediram a ela que fizesse desenhos pra que eles passassem para os muros. Começou a grafitar em 2013, mas antes fazia trabalhos indoor como em restaurantes e lojas.

O principal foco das suas artes é trabalhar com o imaginário, com memórias e sonhos. Ela se inspira em ilustrações infantis, música, fotografia e curte Lautrec Rosseau.


Várias grafiteiras fazem arte pelas ruas, e muitas sofrem algum tipo de discriminação de gênero. Como em muitos outros segmentos com predominância masculina, a presença da mulher é algo a ser melhor abordado.


“É bem difícil. Você tem que se impor em inúmeras situações ou leva desvantagens por ser mulher,” contou ao ser questionada sobre essa questão. “Muita gente pressupõe que você não é boa no que faz e você ouve coisas como ‘nossa você pinta bem pra uma mulher’. Enfim, são situações diárias que com o tempo você aprende a lidar e se impor.”


Além da Karina, várias mulheres vêm ganhando destaque na área, clique aqui pra conhecer outras 15 brasileiras que representam o grafite feminino.


“Acho que o lado bom disso é que as mulheres do grafite estão cada vez mais unidas e fazendo projetos cada vez maiores, só nós. Acho que estamos sim em processo de mudança desses preconceitos com grafiteiras. Mas a luta continua.”

Se liga em alguns grafites que a moça mais curtiu fazer nos muros de São Paulo:

Foto do acervo da Karina


“Gosto desse porque é na rua da minha casa e eu esperei muito tempo pra conseguir pintar aí rs. Sereia de concreto. Foi inspirada numa música também, do Russo Passapusso, 'sem sol'".


Foto do acervo da Karina


“É a ilustração de uma das minhas músicas favoritas, ‘a mesma rosa amarela’”.

Curtiu o estilo e a história da Karina? Você pode segui-la nas redes sociais e acompanhar mais do seu trabalho: Facebook e Instagram Veja também nossos outros posts: O Sobre Kobra e O Grafite e a Música

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